José Manuel Neves sucedeu a Lourenço na presidência da AF Porto há 10 meses. Esta noite, o presidente da maior associação de futebol de Portugal disse em entrevista ao Porto Canal, que tem em mãos um grande desafio. "O desafio mais importante é o regresso à normalidade, porque enquanto associação torna o nosso trabalho muito mais fácil". Todos os fins de semana disputam-se nos campeonatos da AF Porto cerca de 1200 jogos. Para dirigir as partidas há 800 árbitros. Em tempos de pandemia, a associação formou 100 juízes, 80 no futebol e 20 no futsal. No que aos treinadores diz respeito, estão 300 em processo formativo. Tudo isto via meios informáticos, sem contato social como a DGS exige. Público alvo mais afetado, a formação, que chegou a treinar mas não competiu. Na última época, a 15 de Março 2020, a AF Porto foi a primeira a parar com as competições, com esperança no seu regresso. De forma a manter alguns jovens ativos, organizou a competição Sub 21, que permitiu aos atletas promovidos dos escalões Sub 19 e, aos atuais realizarem alguns jogos, tal como aconteceu no escalão Sub 23, eventos que pararam a 15 de Janeiro. Relativamente à continuidade da temporada 2020/21, o regresso aos treinos das equipas seniores está previsto para 19 de Abril e, a competição para o fim de semana de 8 e 9 de Maio. Associação de futebol e clubes reuniram e a vontade é unânime, voltar a ver a rolar. Só falta em que formato competitivo.
Declarações
José Manuel Neves - Presidente da Associação de Futebol do Porto
"A pandemia prejudicou para além da parte desportiva, a social e económica que é muito importante na vida dos nossos clubes."
"Fomos a primeira associação de futebol do país a parar com as competições. Não fazia sentido continuar a jogar quando grande parte dos casos de Covid 19 foram detetados a norte."
"Tivemos de nos adaptar a uma nova realidade. Investimos nas plataformas digitais e, é dessa forma que mantemos contato com os nossos filiados e, as portas nunca estiveram fechadas, com regras bem definidas recebemos os clubes na sede da associação."
"Nesta paragem promovemos ações de formação, visitamos clubes e certificamos 170 agremiações."
"Quando reunimos com os clubes todos expressaram a mesma vontade, a de voltar a jogar."
"Juntamente com a AF Lisboa e AF Madeira falamos com os partidos políticos, que não tinham noção do que era o futebol distrital e da sua importância para a sociedade."
"Conseguimos um apoio do governo de 60 milhões de euros. 30 milhões para as associações e 30 milhões para dividir pelos clubes. Tudo faremos para ajudar na sobrevivência dos nossos filiados."
"Temos noção da realidade em que vivemos atualmente, que pode levar à extinção de muitos clubes."
Rui Cardoso
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